O que é Slow Fashion?

Slow fashion” é um termo que foi criado por volta do ano de 2004, em Londres, por Angela Murrills, uma escritora de moda da revista de notícias on-line Georgia Straight. O termo ficou conhecido depois de ser muito utilizado em blogues de moda e artigos na internet. Inspirado no conceito de “slow food”, que se originou na Itália nos anos 1990, o slow fashion adaptou alguns pontos para o âmbito da moda.

A “moda slow” surgiu como uma alternativa ao fast fashion, cultura de produção em massa alimentada pelas grandes cadeias de lojas do mundo. Voltado apenas para o uso imediato, o fast fashion não considera valor do trabalho, impactos no meio ambiente, originalidade e qualidade da peça. Essa cultura apenas replica tendências vistas nas passarelas por preços irrisórios.

A prática do slow fashion preza pela diversidade; prioriza o local em relação ao global; promove consciência socioambiental; contribui para a confiança entre produtores e consumidores; pratica preços reais que incorporam custos sociais e ecológicos; e mantém sua produção entre pequena e média escalas.

Um movimento que vem ganhando destaque e espaço neste sentido é o “Fashion Revolution“. Foi criado por indústrias da moda ao redor de todo o mundo, com o grande objetivo de conscientizar as pessoas sobre o verdadeiro custo das peças que usamos, e o impacto desses valores em toda a produção e concepção das roupas. Uma das fundadoras do movimento, Orsola de Castro, sintetiza esse conceito em uma frase: “Nós queremos que você pergunte: ‘Quem Fez Minhas Roupas?’”.

 

Alguns dos pontos valorizados no movimento SLOW FASHION e que traduzem a essência do mesmo, são:

  • Valorização de recursos locais

  • Sistemas de produção transparentes e com menos intermediação entre produtor e consumidor

  • Produtos sustentáveis e sensoriais

  • Questionamento à noção da moda que se ocupa exclusivamente do “novo”

  • Desafio ao embasamento da moda exclusivamente na imagem

  • Moda é escolha e não um mandato

  • Atuação colaborativa/cooperativa de trabalho

  • Criação socialmente responsável e distribuição econômica

E você vai aderir ao #slowfashion? Se sim, eis aqui algumas alternativas para começar!

1 – COMPRE DE BRECHÓS

Opte pelos brechós Ao invés de alimentar a indústria têxtil “fast fashion” use seu dinheiro de uma forma mais consciente e invista em peças de vestuário, sapatos, bolsas e afins que embora seminovos, são bem mais em conta! Quanto a qualidade e o medo de não comprar o “cheiro do novo”, não se a preocupe pois os brechós atuais fazem um belo garimpo e investem em higienização das melhores peças, para que as mesmas possam ir para venda. Chega daquele preconceito com a palavra “brechó”, existem muitos locais que fazem um trabalho tão bacana que você encontra peças de marcas famosas, grifes, e achados incríveis!

2 – COMPRE MENOS E CUSTOMIZE MAIS!

Muitas peças são substituídas por novas ou até mesmo descartadas simplesmente por pequenos defeitinhos, como furinhos ou uma simples manchinha. Justamente aí que entra a customização ou o conserto da peça através de uma costureira. Qualquer uma dessas alternativas são aliadas da sustentabilidade! Customizando ou fornecendo serviço as costureiras, você vai consumir menos no mercado fast fashion, acarretando na diminuição aos poucos dessa produção exacerbada das indústrias. Sem contar que dar uma cara nova a uma peça que já tínhamos, é uma exclusividade… E isso é tudo de bom!

 

3 – DOE OU VENDA PEÇAS ANTIGAS

Tem muitas peças que não gosta ou não se identifica mais com o estilo? Doe para instituições de caridade ou faça você mesmo seu mini bazar fashion, chame as amigas, venda as peças e de quebra tire um troquinho extra! Caso algumas estejam em seu perfeito estado pode tentar vendê-las a brechós, muitos deles pagam um bom preço pelos seus modelitos! O fundamental do desapego além de movimentar o mercado “verde” da moda, é ter a consciência que se não usamos mais, tem quem vá, e todos nós super lucramos com tudo isso!

 

4 – COMPRE DE FORMA CONSCIENTE

Só de se preocupar com o fato, se a sua roupa provem de um comércio com forma de trabalho legal, onde a mão-de-obra recebeu salário e condições dignas de trabalho, já se faz um grande serviço a sustentabilidade! Pense a respeito da história da sua roupa, e em todo o processo até chegar em suas mãos, olhe as etiquetas, pergunte, pesquise a respeito da marca que você consome. Mas principalmente tenha sempre em mente, se você de fato precisa adquirir a peça em questão ou é apenas mais um mero luxo!

 

E aí, topa um desafio? Eu sei que tudo é uma MUDANÇA de hábito, mas o importante, é começar!

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